quarta-feira, 11 de novembro de 2009

S. Martinho

Costuma ser um dia que gosto. Lá em casa depois do jantar comemos sempre castanhas assadas e/ou cozidas e bebemos jeropiga enquanto conversamos. Por norma a minha tia vem jantar connosco. Este ano será diferente, até podem haver castanhas e pode haver jeropiga mas não haverão conversas à volta do tabuleiro nem dos copos, não haverão os risinhos da minha mãe quando bebe a mais, não haverá nada.

Depois de jantar eu irei para o meu quarto, o meu pai irá para o dele e a minha mãe talvez fique na sala a ver umas novelas da TVI ou talvez trabalhe até tarde. A solidão há-de bater à porta. Há-de bater à minha porta e à porta de cada um deles. E eu, eu hei-de ter vontade de chorar e hei-de chorar.

Talvez um dia ainda me habitue a esta solidão. Talvez um dia ainda me habitue à ideia do pai e da mãe e não dos pais. Talvez um dia eu mude, ou talvez não. Entretanto sobrevivo e sobrevivo e sobrevivo...

3 comentários:

Vendas disse...

Querida, eu sei que parece fácil para quem está de fora, mas já pensaste se não será melhor um pouquinho dessa solidão ao invés da falsa alegria !?

Tu vais superar, eles vão superar e quem sabe refazer suas vidas e voltar a sorrir, pensa nisso!

Olhos Dourados disse...

Oh!=(

M. disse...

:(

O tempo vai ajudar a ultrapassar uma fase tão difícil como esta!

Beijinho*