quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Não...

... não é a mania da perseguição.
Às vezes ponho-me a pensar no meu percurso, nas pessoas com quem já me relacionei de diferentes formas, nos sitios onde já estive, no que aprendi neste tempo todo e naquilo que, por mais anos que passem, nunca aprendo.
Tenho vários defeitos, um deles é dar-me e dedicar-me demais às pessoas de quem gosto. Gosto de mostrar que gosto com pequenos gestos, gosto que saibam que fazem parte da minha vida e que podem contar comigo para o que for. Não me importo de abdicar de mim. Infelizmente, o facto de eu ser assim, a maioria das vezes só me traz aborrecimentos. No fundo as nossas atitudes revelam sempre como gostariamos que os outros agissem connosco.
Se um amigo precisar de mim eu abdico de mim mesma para ajudar, para me fazer presente, mesmo que não esteja lá por impossibilidade. Dou o melhor de mim para confortar, acarinhar, ouvir. Olho para trás e vejo que ninguém faz isso por mim, faço-o porque é do meu feitio e não porque quero algo em troca mas implicitamente quero o retorno do que dou, quero sentir que também se preocupam comigo, que fazem um esforço ao menos para isso. Mas olho e volto a olhar e... Nada.
Não sei se consigo levar adiante esta minha decisão mas acho que chegou a hora de mudar e pensar em mim como vejo os outros fazerem. Sinceramente acho que vale a pena pelo menos tentar, por mim, pelo meu bem estar emocional.

1 comentário:

Anónimo disse...

fiquei viciada no teu blog, não pelo que escreves mas porque ao lê-lo me vejo a mim, em cada palavra, em cada ponto, tudo, e então neste texto...
Mas queres que te diga? Pessoas como nós é complicado dar o passo, é complicado "pensarmos" em nós, porque nós somos assim e acho que ao mudarmos não nos reconheceremos... já tentei mudar várias vezes, claro que já penso mais do que antes, mas ainda não é a 100% como devia ser.
beijinhos